quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A HIPÓTESE GAIA

No terceiro quarto do século XX, a ciência passou a estudar com interesse e seriedade a hipótese da Terra ser um organismo vivo e auto-regulável.
A adoção de modelos biológicos para entender o planeta, em substituição aos modelos mecanicistas e termodinâmicos, foi um gigantesco passo para a reintegração do homem com a natureza.
A entrada do terceiro milênio não é apenas um marco cronológico. É a passagem para um novo ciclo de consciência da humanidade, mais próximo da noção da unidade da vida.
A Hipótese Gaia é uma tese científica elaborada pelo químico inglês James Lovelock, em 1972, formulando a teoria de que a Terra é um organismo vivo, integrado e interativo. Essa hipótese foi fortalecida pelos trabalhos da bióloga norte-americana Lynn Margullis, no campo da microbiologia, comprovando a dinâmica dos organismos biológicos em resposta a diferentes tipos de ação humana, sempre para manter um equilíbrio entre os diversos sistemas de vida do planeta.
A Hipótese Gaia adicionada às teorias holísticas, à nova física quântica, à física relativista, às teorias de campo unificado e às recentes descobertas das supercordas caracteriza uma nova maneira de se perceber a realidade. Essa nova visão do mundo abre, pela primeira vez, um fosso entre o mundo que vemos através dos sentidos e o mundo revelado pela nova ciência, o que evidencia a idéia oriental de Maya, significando que o mundo que percebemos é uma ilusão. A realidade em si mesma é muito diferente do que aparenta ser para os sentidos humanos.
Uma parede, aparentemente sólida, é na realidade uma nuvem de elétrons em movimento próximo a velocidade da luz, havendo tanto espaço entre os átomos constituintes dessa parede, que poderia se dizer que a parede, na verdade, é um vasto espaço vazio, com uma aparência de solidez causada pelo movimento das partículas.
Da mesma forma, o planeta Terra concebido como o organismo Gaia é um fluxo efervescente de movimentos e mudanças constantes, sempre buscando uma harmonia e compensando as perdas de energia.
A hipótese Gaia tem esse nome por resgatar um antigo conceito da deusa-mãe, proveniente das antigas religiões pré-arianas, em que a Mãe Natureza era personificada através dos nomes de Gaia, Ísis, Hathor, Demeter, Ceres, Freya, Kali, Kwan Yin etc.
Praticamente todas as grandes tradições da antiguidade continham o conceito de que existia um grande organismo feminino regendo a vida da Terra.
Todos os cultos da fertilidade e da vegetação eram voltados para esse arquétipo universalizado que doava e sustentava a vida, regulando e alimentando todos os processos vitais do planeta.
Os homens da antiguidade tinham uma clara noção de que Gaia era responsável pelos ciclos da natureza, de cuja harmonia e equilíbrio os homens dependiam para sobreviver.
Eles sabiam que a natureza era generosa, porém reativa, e que reagia com fúria avassaladora para manter seu equilíbrio vital.
Por isso, Gaia era concebida no Egito como a generosa e consoladora Ísis, mas também como a terrível e destruidora deusa leoa Seckmet. Da mesma forma, os hindus percebiam Gaia como a nutridora mãe Kali, mas também como a terrível Durga, a deusa da morte com seu colar de crânios humanos.
Essas alegorias significam que Gaia rege os processos de criação, nutrição e também de destruição das formas.
Gaia, a deusa-mãe da Natureza, representa a personificação dos processos vitais que mantêm a vida no planeta, estando esses processos relacionados também à reciclagem das formas de vida, com reaproveitamento de todos os resíduos para a reconstrução de novas formas.
Para interagir de forma correta com esse grande organismo, o homem precisa se perceber como parte integrante de seus processos vitais. Poderíamos dizer que a humanidade constitui os “neurônios pensantes” do planeta, responsáveis pela construção de sua psicosfera. Homens com mentes desequilibradas só podem criar campos mentais desequilibrados, tanto em suas auras individuais, quanto na aura coletiva do planeta.
Esses desequilíbrios vão provocando agressões e desarmonias na natureza, até o ponto em que Gaia reage para eliminar a fonte de agressões e reestabelecer o equilíbrio.
O homem, em sua arrogância, imagina que pode, com sua tecnologia, livrar-se dos ritmos da natureza ou domina-los. Com isso, vai apenas acumulando desequilíbrios e tensões, que explodirão através de cataclismos ou conflitos sociais.
Essas tensões chegaram a tamanho nível de acumulação, que os sistemas vitais do planeta estão todos sob ameaças decorrentes de nosso tipo de sociedade insustentável.
No estágio em que chegamos, não há escolha: ou o homem aprende a pensar em termos holísticos, restabelecendo sua harmonia com a vida deste organismo global, ou esta sociedade será varrida da face da Terra pela fúria de Gaia.
O fato é que a humanidade fracassou como responsável pela gestão dos recursos vitais da Terra, o que nos levou a uma situação-limite, que pode inviabilizar a vida no planeta.
No momento, não temos escolha: Ou mudamos nosso modo de vida, ou nossos bisnetos terão de se mudar para outro planeta. 

Fonte: http://www.sociedadeteosofica.org.br/

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

"Tudo é amor. Até o ódio, o qual julgas ser a antítese do amor, nada mais é senão o próprio amor que adoeceu gravemente." 

(Francisco Cândido Xavier)

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Me lembra o Chico Xavier esse belo pensamento ...

"Há criaturas que são como a cana, mesmo postas na moenda, esmagadas de todo, reduzidas a bagaço, só sabem dar doçura...". 

D. Helder Câmara

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Use cada oportunidade - Osho

Use cada oportunidade na vida para elevar sua inteligência, sua consciência.

Normalmente o que estamos fazendo é pegando cada oportunidade para criar um inferno para nós.

Só você sofre. E devido ao seu sofrimento, você faz outras pessoas sofrerem. E quando tantas pessoas estão vivendo juntas, e se todas elas criam sofrimento uma para a outra, isso vai se multiplicando.

Eis como o mundo inteiro se tornou um inferno.


Osho, em "Beyond Psychology"

Todas as citações de Osho © OSHO International Foundation
OSHO ® é marca registrada da OSHO International Foundation.

Por que as pessoas ficam com raiva de você? Osho

Elas não ficam com raiva de você, na verdade elas têm medo de você. E para esconder esse medo elas projetam a raiva.

A raiva sempre é uma tentativa de esconder o medo. As pessoas usam todo tipo de estratégia. Existem pessoas que riem só para que possam conter as lágrimas. Quando ri, você esquece, elas esquecem... e as lágrimas são contidas.

Na raiva, o medo permanece oculto.

Eu estou simplesmente ajudando você a se abrir em todas as dimensões, mesmo que elas pareçam ir contra as ideias que você acalentou até hoje. Mesmo assim, na verdade até mais, você se abrirá, porque essa é a chance, a oportunidade, para julgar se o que você pensou até hoje está certo ou não.

Essa é uma oportunidade de ouro em que você se deparará com algo contrário às suas ideias, aos seus pensamentos, coisas que até hoje achou que eram racionais. Mas, se elas são de fato racionais, então que medo é esse?

É o medo que mantém as pessoas fechadas. Elas não conseguem ouvir você — elas têm medo de ouvir. E a raiva delas é, na verdade, o medo ao contrário.

Só uma pessoa com muito medo pode ficar imediatamente zangada. Se ela não ficar com raiva, você poderá ver o medo dela. A raiva encobre o medo. Ao ficar com raiva, ela está querendo deixar você com medo: antes que você forme qualquer ideia sobre o medo dela, ela está tentando deixar você com medo.

O único jeito é deixar você com medo; aí ela fica à vontade. Você fica com medo e ela não — e não há por que ficar com medo de um homem que está com medo.

A raiva das pessoas é uma tentativa de enganar a si próprias. Não tem nada a ver com você.

Mas a raiva mostra simplesmente o medo, lembre-se sempre: a raiva é o medo de ponta-cabeça. É sempre o medo que está escondido atrás da raiva; o medo é o outro lado da raiva.

Sempre que você fica com medo, o único jeito de escondê-lo é ficar com raiva, pois o medo deixará você exposto. A raiva criará uma cortina à sua volta, atrás da qual você pode se esconder. 

Osho, em "Emoções - Liberte-se da Raiva, do Ciúme, da Inveja e do Medo"

Todas as citações de Osho © OSHO International Foundation
OSHO ® é marca registrada da OSHO International Foundation.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Lembre-se de que você é a fonte - Osho

Alguém insultou você — a raiva irrompe de repente e você fervilha de raiva. A raiva está fluindo na direção da pessoa que o insultou. Agora você projetará toda essa raiva sobre o outro.

Ele não fez nada. Se insultou você, o que ele fez de fato? Só lhe deu uma alfinetada, ajudou a sua raiva a aflorar — mas a raiva é sua.

O outro não é a fonte; a fonte está sempre dentro de você. O outro está atingindo a fonte, mas, se não houvesse raiva dentro de você, ela não poderia aflorar. Se você bater num buda, só provocará compaixão, porque só existe compaixão dentro dele. A raiva não vai aflorar porque não existe raiva.

Se você jogar um balde num poço vazio, ele voltará vazio. Se jogar um balde num poço cheio de água, ele sairá de lá cheio de água, mas a água será do poço. O balde só a ajudou a vir para fora.

Portanto, a pessoa que o insultou só está jogando um balde em você, e ele sairá de lá cheio de raiva, do ódio ou do fogo que existe em você. Você é a fonte, lembre-se.

Para praticar esta técnica, lembre-se de que você é a fonte de tudo o que projeta sobre os outros. E sempre que sentir uma disposição a favor ou contra, no mesmo instante volte-se para si e busque a fonte de onde o ódio está partindo.

Fique centrado ali; não dê atenção ao objeto. Alguém lhe deu a chance de tomar consciência da sua própria raiva; agradeça-o imediatamente e esqueça-o. Feche os olhos, volte-se para dentro e agora olhe a fonte de onde esse amor ou essa raiva está vindo.

De onde ela vem? Vá para dentro de si mesmo, volte-se para dentro. Você descobrirá ali a fonte, pois a raiva está vindo dali.

O ódio, o amor ou seja o que for, tudo vem da sua fonte. E é fácil encontrar a fonte quando você está com raiva, ou sentindo amor, ou cheio de ódio, porque nesse momento você está quente. É fácil voltar-se para dentro nessa hora.

A fiação está quente e você pode senti-la dentro de você e se guiar pelo calor. E, quando atingir um ponto frio interior, descobrirá de repente uma outra dimensão, um mundo diferente abrindo-se para você. Use a raiva, use o ódio, use o amor para mergulhar em si mesmo.

Um dos maiores mestres zen, Lin Chi, costumava dizer: "Quando eu era jovem, adorava andar de barco. Eu tinha um barquinho e remava sozinho num lago. Eu ficava ali durante horas.

"Uma vez, eu estava no meu barco, de olhos fechados, meditando, numa noite esplêndida. Então um outro barco veio flutuando, trazido pela corrente, e bateu no meu. Meus olhos estavam fechados, então eu pensei. 'Alguém bateu o barco no meu'. Enchi-me de raiva.

"Abri os olhos e estava a ponto de vociferar algo para o homem, quando percebi que o barco estava vazio! Então não havia onde descarregar a minha raiva. Em quem eu iria extravasá-la? O barco estava vazio, à deriva no lago e tinha colidido com o meu. Então não havia nada a fazer. Não havia possibilidade de projetar a raiva num barco vazio."

Então Lin Chi continuou: "Eu fechei os olhos. A raiva estava ali. Mas não sabia como extravasar. Eu fechei os olhos simplesmente e flutuei de volta com a raiva. E esse barco vazio tornou-se a minha descoberta. Eu atingi um ponto dentro de mim naquela noite silenciosa. Esse barco vazio foi meu mestre. E, se agora alguém vem me insultar, eu rio e digo: 'Esse barco também está vazio'. Fecho os olhos e mergulho dentro de mim".

Osho, em "Saúde Emocional: Transforme o Medo, a Raiva e o Ciúme em Energia Criativa"

Todas as citações de Osho © OSHO International Foundation
OSHO ® é marca registrada da OSHO International Foundation.

DESAPEGO NOS RELACIONAMENTOS

Lenda dos Sioux

Conta uma lenda dos índios Sioux que, certa vez, Touro Bravo e Nuvem Azul chegaram de mãos dadas à tenda do velho feiticeiro da tribo e pediram:

- Nós nos amamos e vamos nos casar. Mas nos amamos tanto que queremos um conselho que nos garanta que ficaremos sempre juntos, que nos assegure estar um ao lado do outro até a morte. Há algo que possamos fazer?

E o velho, emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse:

- Há o que possa ser feito, ainda que sejam tarefas muito difíceis. Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte da aldeia apenas com uma rede, caçar o falcão mais vigoroso e trazê-lo aqui, com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia. E tu, Touro Bravo, deves escalar a montanha do trono; lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias. Somente com uma rede deverás apanhá-la, trazendo-a para mim viva!

Os jovens se abraçaram com ternura e logo partiram para cumprir a missão. No dia estabelecido, na frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves.

O velho tirou-as dos sacos e constatou que eram verdadeiramente formosos exemplares dos animais que ele tinha pedido.

- E agora, o que faremos? Os jovens perguntaram.

- Peguem as aves e amarrem uma à outra pelos pés com essas fitas de couro. Quando estiverem amarradas, soltem-nas para que voem livres.

Eles fizeram o que lhes foi ordenado e soltaram os pássaros.

A águia e o falcão tentaram voar, mas conseguiram apenas saltar pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela impossibilidade do vôo, as aves arremessaram-se uma contra a outra, bicando-se até se machucar.

Então o velho disse: - Jamais se esqueçam do que estão vendo, esse é o meu conselho: Vocês são como a águia e o falcão. Se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se, como também, cedo ou tarde, começarão a machucar um ao outro. Se quiserem que o amor entre vocês perdure, voem juntos, mas jamais amarrados.

Libere a pessoa que você ama para que ela possa voar com as próprias asas.

Essa é uma verdade no casamento
e também nas relações familiares, de amizade e profissionais.

Respeite o direito das pessoas de voar
rumo ao sonho delas.

A lição principal é saber que somente livres as pessoas são capazes de amar!!!

Desconheço autor.

Quando queremos manter alguém preso ao nosso lado, isso não é amor, é apego.
O apego quer uma troca. Eu te amo e você também tem que me amar.
O amor, poucos realmente conhecem o significado dessa palavra, é incondicional.
Ele dá. Ele aceita o outro como ele é. Ele não estabelece regras nem limites. Pois o sentimento está em nós, não no outro. Ao amar, nós nos beneficiamos do sentimento que sentimos. 
 

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Me arrependo de coisas que disse



"Me arrependo de coisas que disse, mas jamais do meu silêncio".



Pense em alguém poderoso.

Essa pessoa briga e grita como uma galinha ou olha em calmo silêncio, como um lobo? Lobos não gritam. Eles têm uma aura de força e poder. Observam em silêncio. Somente os poderosos, sejam lobos, homens ou mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio.

Além disso, quem evita dizer tudo o que tem vontade, raramente se arrepende por magoar alguém com palavras ásperas e impensadas.

O erro não dito é um silencioso correto.

Exatamente por isso, o primeiro e mais óbvio sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio em momentos críticos. Se você está em silêncio, olhando para o problema, mostra que está pensando, sem tempo para debates fúteis. Se for uma discussão que já deixou o terreno da razão, quem silencia e continua a trabalhar mostra que já venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a sua derrota. Olhe. Sorria. Silencie. Vá em frente.

Lembre-se
de que há momentos de falar e há momentos de silenciar. Escolha qual desses momentos é o correto, mesmo que tenha que se esforçar para isso.

Por alguma razão, provavelmente cultural, somos treinados para a (falsa) idéia de que somos obrigados a responder a todas as perguntas e reagir a todos os ataques. Não é verdade. Você responde somente ao que quer responder e reage somente ao que quer reagir. Você nem mesmo é obrigado a atender seu telefone pessoal. Falar é uma escolha, não uma exigência, por mais que assim o pareça.

Você pode escolher o silêncio.

Além disso, você não terá que se arrepender por coisas ditas em momentos impensados, como defendeu Xenócrates, mais de trezentos anos antes de Cristo, ao afirmar: "me arrependo de coisas que disse, mas jamais de meu silêncio”.

Durante os próximos sete dias, responda com o silêncio, quando for necessário. Use sorrisos, não sorrisos sarcásticos, mas reais. Use principalmente o olhar, use um abraço ou use qualquer outra coisa para não ter que responder em alguns momentos. Você verá que o silêncio pode ser a mais poderosa das respostas. E, no momento certo, a mais compreensiva e real delas.

Aldo Novak.

"Apetite intelectual"

Assim como a mera menção do nome do alimento não satisfaz o apetite da pessoa faminta, mas ela precisa comer, também assim alguém que aprenda sobre a Consciência Universal precisa meditar para ter sua realização, e não apenas conhecer sua definição.

Milarepa (1052 - 1135).

terça-feira, 19 de julho de 2011

Pedido de uma criança a seus pais

"Não tenham medo de serem firmes comigo. Prefiro assim, isto faz com que me sinta mais seguro. Não me estraguem. Sei que não devo ter tudo que quero. Só estou experimentando vocês.
Não deixem que eu adquira maus hábitos.
Não me protejam das conseqüências de meus erros.
Não levem muito a sério minhas pequenas dores, necessito delas para obter a atenção que desejo.
Não sejam irritantes ao me corrigirem, se assim fizerem poderei fazer o contrário que me pedem.
Não me façam promessas que não podem cumprir depois, lembrem-se que isso me fará profundamente desapontado.
Não ponham a prova minha honestidade, sou facilmente tentado a dizer mentiras.
Não me mostrem um Deus carrancudo e vingativo, isto me afastará dele.
Não desconversem quando faço perguntas, senão, eu procurarei nas ruas as respostas que não obtive em casa.
Não se mostrem para mim como pessoas perfeitas e infalíveis, ficarei extremamente chocado quando descobrir algum erro de vocês.
Não digam que meus temores são bobos, mas sim, ajudem-me a compreendê-los.
Não digam que não conseguem me controlar, eu julgarei que sou mais forte que vocês.
Não me tratem como uma pessoa sem personalidade, lembrem-se que tenho meu próprio modo de ser.
Não vivam me apontando os defeitos das pessoas que me cercam, isto criará em mim um espírito intolerante.
Não se esqueçam que gosto de experimentar as coisas por mim mesmo, não queiram me ensinar tudo.
Não desistam de ensinar o bem, mesmo que eu pareça não estar aprendendo.
No futuro verão em mim o fruto que plantaram."

Carlos Alberto de Azevedo
Pediatra 

domingo, 10 de julho de 2011

Começar de novo

"Começar de novo, trazendo as marcas das experiências passadas, mas com mais leveza. Como se fosse uma folha de papel em branco. Um ano novo...Um recomeço."

Chico Xavier

terça-feira, 5 de julho de 2011

A Arte de Viver - S. N. Goenka

Todos buscam paz e harmonia, porque isto é o que falta em nossas vidas. De quando em quando nós experimentamos agitação, irritação, desarmonia, sofrimento; e quando sofremos com agitação, não mantemos este sofrimento para nós mesmos. Nós o distribuímos continuamente aos outros também. Agitação permeia a atmosfera que circunda a pessoa que sofre e todos que entram em contato com ela também tornam-se irritados, agitados. Certamente, este não é um modo apropriado de viver.
Nós devemos viver em paz conosco mesmos e em paz com os outros. Antes de tudo, seres humanos são seres sociais, têm que viver em sociedade e lidar uns com os outros. Mas como podemos viver pacificamente? Como mantermo-nos em harmonia interior e mantermos a paz e a harmonia ao nosso redor, de forma que também os outros possam viver pacífica e harmoniosamente?
Para livrarmo-nos de nossa agitação, temos que saber a razão básica para sua existência, a causa do sofrimento. Se investigamos o problema, torna-se claro que sempre que começarmos a gerar qualquer negatividade ou impureza na mente, certamente nos tornaremos agitados. Uma negatividade na mente, uma impureza mental não pode coexistir com a paz e a harmonia.
Como é que se começa a gerar negatividades? De novo, através da investigação, torna-se claro. Ficamos infelizes quando achamos que alguém age de uma maneira que não gostamos ou quando não gostamos de alguma coisa que acontece. Coisas que não desejamos acontecem e criamos tensão interior. Coisas que queremos não acontecem, alguns obstáculos aparecem no caminho e novamente criamos tensão interior; começamos a atar "nós" internos. E, pela vida afora, coisas indesejadas continuam a acontecer e as desejadas podem ou não acontecer, e este processo de reação, de atar nós — nós górdios — faz toda a estrutura física e mental tão tensa, cheia de negatividade, que a vida torna-se miserável.
Uma forma de resolver este problema é dar um jeito para que nada desagradável aconteça na vida e que tudo aconteça exatamente como queremos. Tanto nós, como qualquer pessoa que entra em contato conosco, temos que desenvolver o poder de fazer com que tudo que desejamos aconteça e o que não desejamos não aconteça. Mas isto é impossível! Não há ninguém no mundo cujos desejos são sempre satisfeitos, em cuja vida tudo ocorre de acordo com sua vontade, sem nada indesejável acontecer. Fatos contrários à nossa vontade constantemente ocorrem. Portanto, surge uma pergunta, como podemos parar de reagir às coisas de que não gostamos? Como é que podemos permanecer pacíficos e harmônicos?
Na Índia, assim como em outras partes do mundo, pessoas sábias e santas estudaram este problema — o problema do sofrimento humano — e encontraram uma solução: se algo indesejável ocorre e você reage gerando raiva, medo ou qualquer outra negatividade, então você deve desviar sua atenção o mais rápido possível para uma outra coisa qualquer. Por exemplo, levante-se, pegue um copo d'água, comece a bebê-la e sua raiva não se propagará, por outro lado começará a diminuir. Ou comece a contar: 1, 2, 3, 4. Ou comece a repetir uma palavra, ou uma frase, ou um mantra; talvez o nome de um santo ou divindade na qual você tenha devoção. A mente se distrairá até um certo ponto e você estará livre da negatividade, livre da raiva.
Esta solução foi útil, deu certo. Ainda dá. Praticando isto, a mente sente-se livre da agitação. Entretanto, esta solução atua apenas no nível consciente. Na verdade, ao desviar a atenção, você empurra a negatividade profundamente para o inconsciente e, neste nível, continua a gerar e multiplicar a mesma impureza. Na superfície há uma camada de paz e harmonia, mas nas profundezas da mente jaz um vulcão adormecido de negatividade reprimida que, mais cedo ou mais tarde, explodirá em violenta erupção.
Outros exploradores da verdade interior foram ainda mais longe em sua busca e, experimentando a realidade da mente e da matéria neles mesmos, concluíram que desviar a atenção é apenas fugir do problema. Fugir não é a solução. Você tem que enfrentar o problema. Se a negatividade surgir na mente, observe-a, enfrente-a. Assim que começar a observar uma impureza mental, ela começará a perder sua força. Lentamente ela vai embora e é desenraizada.
Uma boa solução: evita os dois extremos da repressão e da livre manifestação. Enterrar a negatividade no inconsciente não a erradicará e permitir sua manifestação inútil, com ações verbais ou físicas, apenas criará mais problemas. Mas se você apenas observar, a impureza desaparecerá e você erradicará aquela negatividade, estará livre daquela impureza.
Isto parece maravilhoso, mas será realmente praticável? Será fácil para uma pessoa comum encarar impurezas? Quando a raiva surge, apodera-se de nós tão rapidamente que nem mesmo percebemos. Então, dominados por ela, falamos ou fazemos coisas que prejudicam aos outros e a nós mesmos. Mais tarde, quando ela passa, começamos a chorar e nos arrependemos, pedindo perdão aos outros e a Deus: "Ó, cometi um erro, por favor me desculpe!" Mas da próxima vez em que nos encontrarmos numa situação semelhante, reagimos da mesma forma. Este tipo de arrependimento não ajuda em nada.
A dificuldade é que não temos consciência quando uma impureza surge. Ela surge profundamente na mente e, quando chega no nível consciente, já ganhou tanta força que toma conta de nós sem que possamos observá-la.
Vamos supor que eu contrate um secretário particular e toda vez que a raiva surja ele diga: "Sr., olhe, a raiva começou!" Como não sei a que horas ela começa, terei que contratar 3 secretários para os 3 turnos - manhã, tarde e noite! Suponhamos que possa arcar com isto e que a raiva comece. Quando o secretário avisar que ela surgiu, a primeira coisa que farei é xingá-lo. "Seu tolo, acha que é pago para me ensinar?" Estou tão dominado pela raiva que bom conselho não adianta.
Suponhamos que o discernimento prevaleça e eu não o insulte. Em vez disso eu lhe agradeço, me acomodo e digo: "Agora preciso observar minha raiva". Será que é possível? Ao fechar os olhos e tentar observar a raiva, o objeto de minha raiva imediatamente surge em minha mente - a pessoa ou o fato que a iniciou. Logo não estarei observando a raiva pura, mas meramente o estímulo externo desta emoção. Isto servirá apenas para intensificar a raiva; não é esta a solução. É muito difícil observar qualquer negatividade abstrata, emoção abstrata divorciada do objeto externo que originariamente lhe causaram.
Entretanto, alguém que atingiu a verdade última encontrou uma solução real. Descobriu que sempre que uma impureza surge na mente, duas coisas começam a acontecer simultaneamente no nível físico: uma é que a respiração perde seu ritmo normal. Começamos a alterar a respiração, normalmente respirando mais forte, sempre que a negatividade surge na mente. Isto é fácil de se observar. No nível mais sutil, uma reação bioquímica começa no corpo, resultando numa sensação. Toda impureza vai gerar alguma sensação no corpo.
Isto oferece uma solução prática. Uma pessoa comum não pode observar impurezas abstratas da mente — medo, raiva ou paixão abstratos. Mas, com a prática e treinamento adequados, é muito fácil observar a respiração e as sensações corporais, ambas diretamente relacionadas às impurezas mentais.
A respiração e as sensações vão ajudar de duas formas. Primeiramente, serão como que secretários particulares. Assim que uma impureza surgir na mente, a respiração perderá sua normalidade começando a gritar: "Olhe, alguma coisa deu errado!" Eu não posso bater em minha respiração; tenho que aceitar esse aviso. Da mesma forma, as sensações vão nos dizer que algo vai mal. Então, sendo avisados, começamos a observar a respiração e as sensações e, rapidamente, veremos que a impureza cessa.
Este fenômeno físico-mental é como uma moeda de dois lados. De um lado estão os pensamentos e as emoções surgindo na mente; do outro estão a respiração e as sensações corporais. Quaisquer pensamentos ou emoções, sejam eles conscientes ou inconscientes, qualquer impureza mental que surja, manifesta-se na respiração e nas sensações daquele momento. Logo, observando a respiração ou as sensações, estamos encarando a realidade como ela é. Como resultado, veremos que as impurezas perdem sua força e não mais nos dominam como no passado. Se persistirmos, as impurezas desaparecerão no devido tempo e ficaremos felizes e pacíficos.
Desta forma, esta técnica de auto-observação mostra-nos a realidade em dois aspectos: interior e exterior. Previamente olhávamos apenas para fora, perdendo a verdade interior. Procurávamos sempre fora de nós a causa de nossa infelicidade. Culpávamos e sempre tentávamos modificar a realidade externa. Ignorantes da realidade interior, não percebíamos que a causa do sofrimento está dentro de nós, em nossas reações cegas às sensações boas e ruins.
Agora, com o treinamento, podemos ver o outro lado da moeda. Podemos tomar consciência da respiração e do que acontece dentro de nós. O que quer que seja, respiração ou sensação, aprendemos a observá-la sem perder o equilíbrio mental. Paramos de reagir e de multiplicar nossa miséria. Ao contrário, deixamos as impurezas se manifestarem e desaparecerem.
Quanto mais praticamos esta técnica, mais rapidamente as negatividades desaparecem. Pouco a pouco, a mente torna-se livre de impurezas, torna-se pura. Uma mente pura é sempre cheia de amor — amor desinteressado pelos outros; cheia de compaixão pelas falhas e sofrimentos dos outros; cheia de alegria pelo seu sucesso e felicidade; cheia de equanimidade diante de qualquer situação.
Quando alguém atinge este estágio, todo o seu padrão de vida muda. Não é mais possível fazer ou falar qualquer coisa que perturbe a paz e a alegria dos outros. Em vez disto, uma mente equilibrada não apenas torna-se pacífica, mas ajuda os outros a também se tornarem pacíficos. A atmosfera que cerca uma tal pessoa se tornará permeada de paz e harmonia. E isto influenciará e ajudará a outros também.
Aprendendo a permanecer equilibrado diante de todas as coisas que se experiencia dentro de si, desenvolve-se o desapego também a tudo o que se encontra nas situações exteriores. No entanto, este desapego não é escapismo ou indiferença aos problemas do mundo. Aqueles que praticam Vipassanâ regularmente, tornam-se mais sensíveis ao sofrimento dos outros e fazem seu máximo para aliviar tal sofrimento em tudo que podem — não com agitação, mas com a mente cheia de amor, compaixão e equanimidade. Aprendem a "santa indiferença" — como estar totalmente compromissados, totalmente envolvidos em ajudar os outros enquanto, ao mesmo tempo, mantendo o equilíbrio mental. Desta forma, permanecem pacíficos e felizes enquanto trabalham para a paz e felicidade de outros.
Este foi o ensinamento do Buddha: uma arte de viver. Ele nunca estabeleceu ou ensinou nenhuma religião, nenhum "ismo". Nunca instruiu aqueles que o procuravam a praticar qualquer rito, ou ritual, ou alguma formalidade cega ou vazia. Ao contrário, ensinava-os a observar a natureza tal como ela é, observando a realidade interior. Na ignorância continuamos a reagir de maneira que prejudicamos a nós e aos outros. Porém, quando a sabedoria surge — discernimento de observar a realidade como ela é — este hábito de reagir vai embora, desaparece. Quando paramos de reagir cegamente, então somos capazes da ação verdadeira — ação proveniente de uma mente equilibrada e equânime que vê, compreende a verdade. Tal ação poderá ser tão somente positiva, criativa e benéfica para nós e aos outros. Logo, o que é necessário é conhecer-se a si mesmo — conselho dado por todo sábio. Precisamos conhecer a nós mesmos não apenas intelectualmente, no nível teórico e das idéias; e não apenas emocional ou devocionalmente, aceitando cegamente o que lemos e ouvimos. Tal conhecimento não é suficiente. Mais do que isto, precisamos conhecer a realidade experimentalmente em seu nível verdadeiro. Precisamos experimentar, viver diretamente a realidade deste fenômeno físico-mental. Só isto nos ajudará a libertar-nos das impurezas, dos sofrimentos.
Esta técnica da experiência direta de nossa realidade, esta técnica de auto-observação é chamada de Meditação Vipassanâ. Na língua da Índia, nos tempos do Buddha, passanâ significava ver no sentido comum, com os olhos abertos; mas vipassanâ é observar as coisas como realmente são, não como parecem ser. A realidade aparente tem que ser penetrada, até alcançarmos a verdade última de toda a estrutura física e mental. Quando experimentamos esta verdade, então aprendemos a parar de reagir cegamente, de criar impurezas — e, naturalmente, as antigas impurezas serão gradualmente erradicadas. Seremos libertados de toda a miséria e experimentaremos verdadeira felicidade.
Existem três passos para o treinamento dado num curso de meditação. Primeiramente, precisamos nos abster de toda ação física ou verbal que perturbe a paz e harmonia dos outros. Não podemos trabalhar para nos libertar das impurezas da mente e ao mesmo tempo cometer atos físicos ou verbais que as multipliquem. Portanto, um código de moralidade revela-se como o primeiro passo essencial nesta prática. Compromete-se com o não matar, não roubar, não ter má conduta sexual, não mentir e não usar intoxicantes. Abstendo-se de tais ações, permite-se que a mente se acalme o suficiente para o trabalho em questão.
O próximo passo é desenvolver alguma maestria sobre esta mente selvagem através do treinamento em mantê-la fixa num objeto, a respiração. Tenta-se manter a atenção na respiração o maior tempo possível. Este não é um exercício respiratório; não controla a respiração. Em vez disto, observa-se o fluxo respiratório como ele é, como entra e sai. Desta maneira, acalma-se a mente mais e mais, e ela não ser dominada por negatividades intensas. Ao mesmo tempo concentra-se a mente, tornando-a aguçada e penetrante, capaz do trabalho da visão clara (insight).
Estes dois primeiros passos, viver uma vida moral e controlar a mente, são muito benéficos e necessários por si só, mas levarão à repressão a não ser que se tome o terceiro passo — purificar a mente das impurezas, desenvolvendo a visão clara de sua própria natureza. Isto é vipassanâ: experimentar a própria realidade através da observação sistemática e imparcial, dentro de si mesmo, de todo o fenômeno físico-mental sempre mutante e que se manifesta como sensações. Este é o culminar dos ensinamentos do Buddha: auto-purificação através da auto-observação.
Isto pode ser praticado por um e por todos. Todas as pessoas enfrentam o problema do sofrimento. Esta é uma doença universal que requer um remédio universal — não-sectário. Quando alguém sofre com raiva, não é raiva buddhista, hindu ou cristã. Raiva é raiva. Quando alguém fica agitado em decorrência desta raiva, esta agitação não é cristã, ou judia, ou muçulmana. A moléstia é universal. O remédio tem que ser universal.
Vipassanâ é o remédio. Ninguém se oporá a um código de viver que respeita a paz e a harmonia dos outros. Ninguém pode se opor a desenvolver o controle da mente. Ninguém se oporá ao desenvolvimento da visão clara de sua própria natureza, através da qual é possível libertar a mente das negatividades. Vipassanâ é um caminho universal.
Observar a realidade como ela é através da observação da verdade interior — isto é conhecer-se a si mesmo direta, real e experimentalmente! Quando se pratica, mantém-se a mente livre da miséria das impurezas. A partir da realidade grosseira, externa e aparente, pode-se penetrar a verdade fundamental da mente e matéria. Então transcende-se isto e experimenta-se uma verdade que está além da mente e da matéria, além do tempo e do espaço, além do campo condicionado da relatividade: a verdade da libertação total das impurezas, dos sofrimentos. Não importa o nome que se dê à verdade fundamental, isto é irrelevante; este é o objetivo final de todos.
Que todos possam experimentar esta verdade fundamental! Que todos possam se libertar das impurezas e das misérias! Que todos possam desfrutar a verdadeira felicidade, a verdadeira paz e a verdadeira harmonia! Que todos os seres sejam felizes!

Este artigo foi traduzido com a permissão do autor por Beatriz de Abreu para o Centro de Estudos Nalanda

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Os 10 mandamentos do Casal

Uma equipe de psicólogos e especialistas americanos, que trabalhava em terapia conjugal, elaborou "Os Dez Mandamentos do Casal". Gostaria de analisá-los aqui, já que trazem muita sabedoria para a vida e felicidade dos casais. É mais fácil aprender com o erro dos outros do que com os próprios.
 
1. Nunca irritar-se ao mesmo tempo
A todo custo evitar a explosão. Quanto mais a situação é complicada, mais a calma é necessária. Então, será preciso que um dos dois acione o mecanismo que assegure a calma de ambos diante da situação conflitante. É preciso convencermo-nos de que na explosão nada será feito de bom. Todos sabemos bem quais são os frutos de uma explosão: apenas destroços, morte e tristeza. Portanto, jamais permitir que a explosão chegue a acontecer. D. Helder Câmara tem um belo pensamento que diz: "Há criaturas que são como a cana, mesmo postas na moenda, esmagadas de todo, reduzidas a bagaço, só sabem dar doçura...".
2. Nunca gritar um com o outro
A não ser que a casa esteja pegando fogo.
Quem tem bons argumentos não precisa gritar. Quanto mais alguém grita, menos é ouvido. Alguém me disse certa vez que se gritar resolvesse alguma coisa, porco nenhum morreria... Gritar é próprio daquele que é fraco moralmente, e precisa impor pelos gritos aquilo que não consegue pelos argumentos e pela razão.
3. Se alguém deve ganhar na discussão, deixar que seja o outro
Perder uma discussão pode ser um ato de inteligência e de amor. Dialogar jamais será discutir, pela simples razão de que a discussão pressupõe um vencedor e um derrotado, e no diálogo não. Portanto, se por descuido nosso, o diálogo se transformar em discussão, permita que o outro "vença", para que mais rapidamente ela termine. Discussão no casamento é sinônimo de "guerra", de luta inglória. "A vitória na guerra deveria ser comemorada com um funeral"; dizia Lao Tsé. Que vantagem há em se ganhar uma disputa contra aquele que é a nossa própria carne? É preciso que o casal tenha a determinação de não provocar brigas; não podemos nos esquecer que basta uma pequena nuvem para esconder o sol. Às vezes uma pequena discussão esconde por muitos dias o sol da alegria no lar.
4. Se for inevitável chamar a atenção, fazê-lo com amor
A outra parte tem que entender que a crítica tem o objetivo de somar e não de dividir. Só tem sentido a crítica que for construtiva; e essa é amorosa, sem acusações e condenações. Antes de apontarmos um defeito, é sempre aconselhável apresentar duas qualidades do outro. Isso funciona como um anestésico para que se possa fazer o curativo sem dor. E reze pelo outro antes de abordá-lo em um problema difícil. Peça ao Senhor e a Nossa Senhora que preparem o coração dele para receber bem o que você precisa dizer-lhe. Deus é o primeiro interessado na harmonia do casal.
5. Nunca jogar no rosto do outro os erros do passado
A pessoa é sempre maior que seus erros, e ninguém gosta de ser caracterizado por seus defeitos. Toda vez que acusamos a pessoa por seus erros passados, estamos trazendo-os de volta e dificultando que ela se livre deles. Certamente não é isto que queremos para a pessoa amada. É preciso todo o cuidado para que isto não ocorra nos momentos de discussão. Nestas horas o melhor é manter a boca fechada. Aquele que estiver mais calmo, que for mais controlado, deve ficar quieto e deixar o outro falar até que se acalme. Não revidar em palavras, senão a discussão aumenta, e tudo de mau pode acontecer, em termos de ressentimentos, mágoas e dolorosas feridas. Nos tempos horríveis da "guerra fria", quando pairava sobre o mundo todo o perigo de uma guerra nuclear, como uma espada de Dâmocles sobre as nossas cabeças, o Papa Paulo VI avisou o mundo: "a paz impõe-se somente com a paz, pela clemência, pela misericórdia, pela caridade". Ora, se isto é válido para o mundo encontrar a paz, muito mais é válido para todos os casais viverem bem. Portanto, como ensina Thomás de Kemphis, na Imitação de Cristo, "primeiro conserva-te em paz, depois poderás pacificar os outros". E Paulo VI, ardoroso defensor da paz, dizia: "se a guerra é o outro nome da morte, a vida é o outro nome da paz". Portanto, para haver vida no casamento, é preciso haver a paz; e ela tem um preço: a nossa maturidade.
6. A displicência com qualquer pessoa é tolerável, menos com o cônjuge
Na vida a dois tudo pode e deve ser importante, pois a felicidade nasce das pequenas coisas. A falta de atenção para com o cônjuge é triste na vida do casal e demonstra desprezo para com o outro. Seja atento ao que ele diz, aos seus problemas e aspirações.
7. Nunca ir dormir sem ter chegado a um acordo
"Não se ponha o sol sobre o vosso ressentimento" (Ef 4,26b)
Se isso não acontecer, no dia seguinte o problema poderá ser bem maior. Não se pode deixar acumular problema sobre problema, sem solução. Já pensou se você usasse a mesma leiteira que já usou no dia anterior, para ferver o leite, sem antes lavá-la? O leite certamente azedaria. O mesmo acontece quando acordamos sem resolver os conflitos de ontem. Os problemas da vida conjugal são normais e exigem de nós atenção e coragem para enfrentá-los, até que sejam solucionados, com o nosso trabalho e com a graça de Deus. A atitude da avestruz, da fuga, é a pior que existe. Com paz e perseverança busquemos a solução.

8. Pelo menos uma vez ao dia, dizer ao outro uma palavra carinhosa
Muitos têm reservas enormes de ternura, mas esquecem de expressá-las em voz alta. Não basta amar o outro, é preciso dizer isto também com palavras. Especialmente para as mulheres, isto tem um efeito quase mágico. É um tônico que muda completamente o seu estado de ânimo, humor e bem estar. Muitos homens têm dificuldade neste ponto; alguns por problemas de educação, mas a maioria porque ainda não se deu conta da sua importância. Como são importantes essas expressões de carinho que fazem o outro crescer: "eu te amo", "você é muito importante para mim", "sem você eu não teria conseguido vencer este problema", "a tua presença é importante para mim"; "tuas palavras me ajudam a viver"... Diga isto ao outro com sinceridade toda vez que experimentar o auxílio edificante dele.
9. Cometendo um erro, saber admiti-lo e pedir desculpas
Admitir um erro não é humilhação. A pessoa que admite o seu erro demonstra ser honesta consigo mesma e com o outro. Quando erramos não temos duas alternativas honestas, apenas uma: reconhecer o erro, pedir perdão e procurar remediar o que fizemos de errado, com o propósito de não repeti-lo. Isto é ser humilde. Agindo assim, mesmo os nossos erros e quedas serão alavancas para o nosso amadurecimento e crescimento. Quando temos a coragem de pedir perdão, vencendo o nosso orgulho, eliminamos quase de vez o motivo do conflito no relacionamento, e a paz retorna aos corações. É nobre pedir perdão!
10. Quando um não quer, dois não brigam
É a sabedoria popular que ensina isto. Será preciso então que alguém tome a iniciativa de quebrar o ciclo pernicioso que leva à briga. Tomar esta iniciativa será sempre um gesto de grandeza, maturidade e amor. E a melhor maneira será "não pôr lenha na fogueira", isto é, não alimentar a discussão. Muitas vezes é pelo silêncio de um que a calma retorna ao coração do outro. Outras vezes será por um abraço carinhoso, ou por uma palavra amiga.

Fonte: Canção Nova/ Prof. Felipe Aquino
Do livro "Namoro" - Site da Canção Nova (www.cancaonova.com)

QUANDO ME AMEI DE VERDADE

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome…Auto-estima.

Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é…Autenticidade.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de… Amadurecimento.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é… Respeito.

Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável… Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama… Amor-próprio.

Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é… Simplicidade.

Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei menos vezes.
Hoje descobri a… Humildade.

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é…Plenitude.

Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é… Saber viver!!!

Texto de Kim McMillen

ANTES QUE ELES CRESÇAM

Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos. É que as crianças crescem. Independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados, elas crescem sem pedir licença. Crescem como a inflação, independente do governo e da vontade popular, entre os estupros dos preços, os disparos dos discursos e o assalto das estações. Crescem com uma estridência alegre e, às vezes, com alardeada arrogância. Mas, não crescem todos os dias, de igual maneira, crescem, de repente. Um dia sentam-se perto de você no terraço e dizem uma frase com tal maturidade, que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.

Onde é que andou crescendo aquela danadinha, que você não percebeu? Cadê aquele cheirinho de leite sobre a pele? Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços, amiguinhos e o primeiro uniforme do maternal?

A criança está crescendo num ritual de obediência orgânica, desobediência civil. E você agora está ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça. Ali estão muitos pais ao volante, esperando que saiam esfuziantes sobre patins, cabelos soltos. Entre hamburgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão nossos filhos com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda, nos ombros nus, ou então com a blusa amarrada na cintura. Está quente, achamos que vão estragar a blusa, mas não tem jeito, é o emblema da geração. Pois ali estamos, com os cabelos já embranquecidos. Esses são os filhos que conseguimos gerar apesar dos golpes dos ventos, das colheitas das notícias e da ditadura das horas. E eles crescem meio amestrados, observando nossos muitos erros.

Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos. Não mais os colheremos nas portas das discotecas e festas, quando surgirem entre gírias e canções. Passou o tempo do balé, do inglês, da natação, do judô. Saíram do banco de trás e passaram para o volante das próprias vidas.

Deveríamos ter ido mais à cama deles ao anoitecer para ouvirmos sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância e da adolescência, cobertos naquele quarto cheio de adesivos, pôsteres, agendas coloridas e discos ensurdecedores. Não, não os levamos suficientes vezes ao maldito Play Center, ao Shopping, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas merecidas.

Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo nosso afeto. No princípio subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscinas e amiguinhos. Sim, havia as brigas dentro do carro, disputa pela janela, pedido de chicletes e sanduíches, cantorias infantis. Depois chegou a idade em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível largar a turma e os primeiros namorados.

Os pais ficaram então exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram, mas não de repente, morriam de saudades daquelas pestes. O jeito é esperar. Qualquer hora podem nos dar netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco. Por isso os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável afeição. Os netos são a última oportunidade de reeditar nosso afeto.


Texto de Affonso Romano de Sant'Anna

terça-feira, 7 de junho de 2011

O Fenômeno do Centésimo Macaco

Ouvir a história do “Fenômeno do Centésimo Macaco”, em um seminário da UNIPAZ, despertou o meu interesse em ler o livro no qual ela foi publicada. O título é “O Centésimo Macaco – O Despertar da Consciência Ecológica”, de autoria de Ken Keyes Jr., e foi publicado em dezembro de 1981. No Brasil a publicação ocorreu em 1990, pela Editora Pensamento.

Se ouvir a história despertou o meu interesse em ler o livro, lê-lo despertou o meu interesse em espalhar a ideia nele contida, o que atende, inclusive, o desejo do próprio autor. A edição brasileira traz a seguinte observação: “Este livro não tem direitos reservados. Esse foi o modo que o autor encontrou para que seu conteúdo tivesse a mais ampla divulgação possível. Com esta publicação, a Editora Pensamento associa-se ao esforço de Ken Keyes Jr., no sentido de alertar a humanidade sobre os perigos de uma guerra nuclear”.

Já espalhei a ideia a partir de e-mails e agora volto a fazê-lo por meio deste blog, visando obter o resultado preconizado pelo Fenômeno do Centésimo Macaco, conforme é dito no trecho imediatamente abaixo. Para quem já tenha lido, no e-mail que enviei, segue uma sugestão: vale a pena ler de novo.

No prefácio do livro, Ken Keyes Jr. diz que conheceu o Fenômeno do Centésimo Macaco em palestras de Marilyn Ferguson e Carl Rogers. Esse fenômeno mostra que, quando um número suficiente de pessoas se torna consciente de algo, essa consciência se estende a todos.

Se o livro pretende alertar a humanidade acerca dos perigos de uma guerra nuclear, pelo trecho negritado acima, creio que o Fenômeno do Centésimo Macaco sirva para qualquer ideia que desejemos ver aplicada em nossa sociedade.

Seguem algumas passagens do livro que compõem o que considero o mínimo suficiente para entender o fenômeno.

"O macaco japonês Macaca fuscata vem sendo observado há mais de trinta anos em estado natural.
Em 1952, os cientistas jogaram batatas-doces cruas nas praias da ilha de Kochima para os macacos. Eles apreciaram o sabor das batatas-doces, mas acharam desagradável o da areia.

Uma fêmea de um ano e meio, chamada Imo, descobriu que lavar as batatas num rio próximo resolvia o problema. E ensinou o truque à sua mãe. Seus companheiros também aprenderam a novidade e a ensinaram às respectivas mães.

Aos olhos dos cientistas, essa inovação cultural foi gradualmente assimilada por vários macacos.

Entre 1952 e 1958, todos os macacos jovens aprenderam a lavar a areia das batatas-doces para torná-las mais gostosas.

Só os adultos que imitaram os filhos aprenderam esse avanço social. Outros adultos continuaram comendo batata-doce com areia.

Foi então que aconteceu uma coisa surpreendente. No outono de 1958, na ilha de Kochima, alguns macacos – não se sabe ao certo quantos – lavavam suas batatas-doces.

Vamos supor que, um dia, ao nascer do sol, noventa e nove macacos da ilha de Kochima já tivessem aprendido a lavar as batatas-doces.

Vamos continuar supondo que, ainda nessa manhã, um centésimo macaco também tivesse feito uso dessa prática.

ENTÃO ACONTECEU.

Nessa tarde, quase todo o bando já lavava as batatas-doces antes de comer.

O acréscimo da energia desse centésimo macaco rompeu, de alguma forma, uma barreira ideológica!

Mas vejam só:

Os cientistas observaram uma coisa deveras surpreendente: o hábito de lavar as batatas-doces havia atravessado o mar.
Bandos de macacos de outras ilhas, além dos grupos do continente, em Takasakiyama, também começaram a lavar suas batatas-doces!

Assim, quando um certo número crítico atinge a consciência, essa nova consciência pode ser comunicada de uma mente a outra.

O número exato pode variar, mas o Fenômeno do Centésimo Macaco significa que, quando só um número limitado de pessoas conhece um caminho novo, ele permanece como patrimônio da consciência dessas pessoas.

Mas há um ponto em que, se mais uma pessoa se sintoniza com a nova percepção, o campo se alarga, de modo que essa percepção é captada por quase todos!"

Vejo no Fenômeno do Centésimo Macaco a demonstração da importância de cada um de nós contribuir para criar o que desejamos ver em nossa sociedade. Cada um de nós pode ser o centésimo macaco.

Há controvérsias sobre o homem descender ou não do macaco, o que não discutirei aqui. Mas creio que não deve haver controvérsias sobre a necessidade de cada um de nós começar a fazer alguma coisa para melhorar o mundo em que vivemos. Que tal começarmos a lavar as batatas, macacada? Quem sabe um de nós será o centésimo macaco? (fonte: http://espalhandoideias.blogspot.com/2011/02/o-fenomeno-do-centesimo-macaco.html )


quarta-feira, 1 de junho de 2011

Seu único esforço é ver que você é impotente

"A questão não é desistir do passado ou deixá-lo ir. O passado deve ir por si só. Como uma folha seca cai por conta própria, o passado também deve cair por vontade própria. Você não deve tentar desistir dele. A simples tentativa de desistir do passado vai tornar você ainda mais agarrado a ele. Portanto, torne-se consciente do fato de que você vem tentando se livrar do passado. Ao receber Deeksha ela fará o trabalho. Você não pode fazer nada sobre isso, exceto se tornando impotente. O seu trabalho, o seu esforço é ver que você é impotente. Isso é tudo. Todo esforço termina nesse ponto. O único esforço é ver que você está impotente. E então o processo se inicia; a Deeksha assume, e naturalmente vai acontecer." (Sri Bhagavan, Conference Londres, Feb-12-11)

Despertar é sair da prisão da mente

"Tudo no Universo se move da ordem para a desordem, da desordem à ordem; do ódio para o amor, do amor ao ódio; da inteligência para a não inteligência, desta para a inteligência; de emoções negativas para positivas e de emoções positivas para negativas. Esta é a natureza da mente. Se você precisa escapar, é da mente que você precisa escapar. Vá além da mente. É assim que você se torna iluminado. Se você se mantiver nos confins da mente, o problema estará lá. Despertar é sair da prisão da mente. Se você sair da mente, então estará vivendo de verdade." (Sri Bhagavan, Conferência com Bahrain 12.Fev.2010)

Quando você verdadeiramente morrer para o passado e o futuro, poderá então viver no presente

"Você não experiencia a realidade como ela é porque sua mente está todo o tempo interferindo, o tempo todo julgando, comentando. A mente é um fluir de pensamentos, e o pensamento é um instrumento para medir. Ele está todo o tempo calculando. A mente não é nada além de um fluir de pensamentos, e o pensamento vem do passado. E passado é memória. E a memória é algo que está morto. Então a morte está fluindo através de você. Ao passo que se você verdadeiramente morrer para o passado e para o futuro, se morrer psicologicamente para eles, você poderá então viver no presente. E haverá grande alegria e bênção aí. É isso o que estamos tentando fazer com vocês." (Sri Bhagavan, Video da World Oneness TV "

Integridade Interior

“Nós podemos resumir todo o ensinamento da Oneness em uma única palavra: Consciência. O mais essencial a ser entendido é que o conteúdo de sua mente não é de forma alguma importante. Poderia ser qualquer coisa: violência, raiva, ódio, frustração, inveja, medo, toda a gama de pensamentos, sentimentos e emoções. Nós não estamos preocupados com nada disso. Porque não estamos tentando mudar isso; não podemos mudar - estas são as propriedades da mente humana, que é muito antiga e existe apenas uma mente. Tudo o que estamos dizendo é: por favor, torne-se intensamente consciente do que está acontecendo. Isso é tudo. Apenas veja o que está acontecendo por dentro. Não tente fazer nada com isso. Não há nada que você possa fazer; isso apenas existe. Essa é a verdade. Esse ver é integridade interior, é ser autêntico. Isso é tudo que você precisa fazer. Esse é o ensinamento da Oneness. É o ensinamento mais fundamental.” (Sri Bhagavan, teleconferência com EUA 20.12.2009 sobre Integridade Interior. Fonte: www.onenessmovementflorida.org)